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Periodical article | Leiden University catalogue | WorldCat |
Title: | A formação das estruturas fundiárias e a territorialização das tensões sociais: São Tomé, primeira metade do século XVI |
Author: | Santos, Catarina Madeira |
Year: | 1996 |
Periodical: | Studia: revista semestral |
Issue: | 54-55 |
Pages: | 51-91 |
Language: | Portuguese |
Geographic term: | São Tomé and Principe |
Subjects: | slavery cane sugar |
Abstract: | O valor de São Tomé, do ponto de vista da colonização portuguesa, residiu, até cerca de 1520, num espaço que lhe era exterior e a que dava acesso: a costa de África, abastecedora de escravos. A história de São Tomé começou, assim, por estar ligada à reexportação de escravos. A viragem para o interior da ilha ocorreu com o desenvolvimento do cultivo da cana-sacarina. O incremento das roças e dos engenhos implicou a utilização de grandes contingentes de mão-de-obra escrava, provocando a sua permanência na ilha e respectiva integração social. Os movimentos de fuga dos escravos para o mato, jà presentes nos anos de 1510, intensificaram-se progressivamente. Formou-se uma fronteira interior, para lá da qual era o domínio do 'Mocambo' (chefe dos movimentos de fuga). Junto ao litoral a civilização colonial - com as fazendas, os engenhos e as povoações - no mato, um espaço desconhecido dos europeus, no qual todos os escravos passavam a ser livres. De ambas as áreas partiam esforços de interferência: as quadrilhas de escravos atacavam o espaço europeu; a 'guerra do mato' e a criação de um cargo de fiscalização procuravam disciplinar o interior. Só a via da cristianização, na década de 50, permitiu que alguns descendentes de escravos 'fujões' assomassem na povoação mas, agora, como homens livres. Bibliogr., note, ref., res. em português e em inglês. |